28/05/2011

FOTOGRAFIA DA SEMANA



Esta menina está a pensar na frase que ouviu e que a fez feliz: ‘serás única para mim’. Descobriu que já não é. Também está a pensar que não quer ser única para ninguém a não ser para si própria e não sabe como há de comunicá-lo. De qualquer modo, a unicidade representa uma tal verdade máxima na vida de cada um, que consegue acarretar para dentro daquilo a que chamamos consciência, alegria, felicidade, tristeza, remorso, dúvida, sofrimento. A sorte é que vamos tendo uns estranhos recantos, lugares definidos para as nossas reflexões, risos ou lágrimas, onde nos refugiamos para pensar ou alinhar a nossa energia química com a nossa existência de seres totais, que não cabem em qualquer buraquinho de alfinete. Depois temos ainda o paradoxo, escondemo-nos no tal refúgio, mas queremos ver o que acontece se formos detetados, nós e os nossos afetos, emoções de risos ou nódoas sentimentais de lágrimas. São os riscos de ser igual, ou talvez de querer/não querer ser diferente. Lá está o vidro, translúcido, forrado de minúsculas grades, a proteger e a testemunhar.
Serão assim todas as prisões da alma?




Foto: Osvaldo Castanheira - Texto: Mª dos Anjos Fernandes




22/05/2011

FOTOGRAFIA DA SEMANA


O sonho e a vontade de vencer deviam levar este homem para o livro dos recordes. Várias coisas podemos pressupor: está nas obras, peneirando areia para que fique tão fina que não agrida o cimento, mistura fundamental do quarto das crianças ou da sala dos adultos, perfeitinha; a rede protege-o das quedas, das outras obras, dos outros homens, dos donos das obras…..; também podemos pressupor um treino solitário de basquetebol, um lançamento imaginário para um cesto, imaginário também, onde faz sempre pontos, preparando-se para os jogos olímpicos, se algum interessado por ali passar e observar o seu sacrifício e a sua perseverança. E lá está a rede que o protege e à sua bola, de poder partir um vidro da sala futura que está a construir….


Será a dele?


Será a nossa?


Será de alguém?




Foto: Osvaldo Castanheira - Texto. Mª dos Anjos Fernandes

17/05/2011

EU SOU A TELA - II

EU SOU A TELA

Conjugar saberes decorreu de um projeto comum de Desenho A e Português. “Eu sou a tela” foi o ponto de partida para a interpretação de um soneto de Fernando Pessoa ortónimo. De uno fez-se múltiplo, como de alunos individualizados se gerou um trabalho plural e uniforme, que percorreu o imaginário pessoano. Como se de um “cadavre-exquis” se tratasse, os desenhos acompanharam-se, guiados pelas múltiplas mãos que os criaram. O poema viajou, qual ave pronta a renovar, metamorfosear e outrar-se, numa busca plural da unidade.

Paulo Santos 2011.









ATREVE-TE A LER - MAIO



SMARTES da FERREIRA

Decorreu na nossa Escola, entre 2 e 6 de Maio, a segunda edição do evento SMARTES (Semana das Artes). Com muito esforço e empenho os professores de Artes Visuais expuseram os trabalhos realizados pelos seus alunos, abrangendo todos os níveis de ensino e todas as disciplinas da vertente artística.
Na nossa Biblioteca esteve patente, pelo terceiro ano consecutivo, uma pequena exposição de trabalhos realizados no âmbito da disciplina de Geometria Descritiva A, de aplicação da geometria em objectos de expressão plástica. Os trabalhos que integraram esta exposição pretenderam contribuir para a consciencialização da importância da geometria, a qual é e foi fundamental na história e prática do desenho, pintura e arquitectura ao longo dos séculos. Fundamental para a criação da arte, da engenharia e da compreensão do mundo. Actualmente é a base da construção do desenho virtual e pode assumir um carácter bastante criativo e divertido. É esta ideia que pretendemos interiorizar nos nossos alunos para combater alguma “resistência" que muitos alunos ainda têm em relação a esta disciplina, tida como a matemática das artes.
Há que agradecer as condições proporcionadas pela Direcção da Escola, para a realização deste evento, e a disponibilidade da equipa da Biblioteca para nos acolher no seu espaço.
Um grande “bem hajam” a todos que proporcionaram esta semana de alegria e aprendizagem.

Cacém, 16 de Maio de 2011
A Delegada de Artes Visuais

















































ILUSTRAÇÃO DE UM CONTO

Ilustração do conto "O Natal de EVA" (autoria do professor António Pereira) realizada pelo aluno do 7ºI - Marco Gonçalves.



Profª Dalila Ribeiro

15/05/2011

FOTOGRAFIA DA SEMANA


Estes dois não são mesmo o que vemos: por aqui passou um escaravelho de poderes mágicos e inqualificáveis, tudo levou, como o vento do filme, só deixou o mar, este barco e dois homens para testemunha dos seus poderes. Não contente, o escaravelho ainda os reduziu a um tamanho inferior, de criança: Por que têm eles as calças arregaçadas? Querem lá saber que ficassem molhadas! Não, o que aconteceu é que foram ‘encolhidos’, reduzidos até ao tamanho da faina de homens adultos.


Mas a inteligência humana não tem idade e nem diminuiu: olhando em redor, verificaram duas coisas importantes: Não havia ninguém a quem vender o pescado; não haveria ninguém que controlasse o seu trabalho.


Então pensaram: Vamos embora: hoje não há sardinha!




Foto: Osvaldo Castanheira - Texto: Mª dos Anjos Fernandes

10/05/2011

ACORDO ORTOGRÁFICO: regras que mudam

ACORDO ORTOGRÁFICO: regras que mudam

Biblioteca – Concurso de Promoção da Língua Portuguesa

PERGUNTA 1
(Responder até às 22h00 do dia 16/5)


a) De facto, o maior impacto da explosão foi junto à recepção do hotel.
b) De facto, o maior impacto da explosão foi junto à receção do hotel.
c) De facto, o maior impato da explosão foi junto à recepção do hotel.
d) De fato, o maior impato da explosão foi junto à receção do hotel.


Com dúvidas? É só entrar no blogue http://acordo-ortografico.blogspot.com e consultar a regra 4. do guia publicado na mensagem de 10/5.

PRÉMIOS
Prémios a sortear, no final de Junho, entre as respostas certas, nos seguintes escalões:
A. Alunos até 15 anos: um magnífico dicionário de língua portuguesa (já com o acordo).
B. Alunos a partir de 16 anos: mais um ótimo dicionário de língua portuguesa (com o acordo). C. Encarregados de Educação: outro magnífico dicionário de língua portuguesa (com o acordo).
D. Professores e Funcionários: como não poderia deixar, um espetacular dicionário de língua portuguesa (já com o acordo).
Com o apoio da Texto Editores

Entregar na Biblioteca ou enviar para professor.ap@gmail.com

FORMULÁRIO DE RESPOSTA
Resposta à pergunta nº ____

(Assinalar com X) a) ___ b) ___ c) ___ d)___

Aluno:
Nome:__________________________________ Nº:____
___ºAno Turma:___ Telemóvel:___________ e-mail:__________________


Encarregados de Educação:
Nome:__________________________________ Telemóvel:_____________
E. E. do(a) aluno(a) Nº:___ ___ºAno Turma:___

Professor ou Funcionário:
Nome:__________________________________ Telemóvel:_____________
E-mail:__________________



08/05/2011

FOTOGRAFIA DA SEMANA



Novo decreto-lei se fez no mundo cinzento e de crise em que nos dizem que estamos a viver. Quando o amor é tanto, não temos alternativa senão comprar e calçar meias cheias de corações e ficar de pernas encostadas às pernas de quem amamos. Foi o que fez esta mãe, que embelezou as pernas que vão levar e buscar a filha à escola, que depois corre para os transportes e emprego, que carrega sacos de supermercado com cereais e suissinhos. A cor das suas meias e dos corações, todos os desenhos, refletem a estória dos seus dias, semana após semana (sobe a calçada , Luisa sobe….). Mas esta mãe tem o coração de todas as mães: para a sua menina quer apenas a pureza da vida. Pensa, por isso, que os sapatos e a saiinha cor-de-rosa e as meias brancas com brancos corações, a protegerão de todos os males. Pelo menos enquanto assim estiverem juntas, em proteção absoluta dos males, com promessas infinitas de felicidade.



E se todos assim fizéssemos?
Será que a crise passava e vivíamos felizes para sempre?






Foto: Osvaldo Castanheira - Texto: Mª dos Anjos Fernandes

02/05/2011

FOTOGRAFIA da SEMANA



Chegaram de outro mundo, num dia de sol. Deixaram os trabalhos na escola, não trouxeram ouvidos para as normas que não as do mar para ir e voltar, esqueceram por instantes as regras do bom comportamento e apenas decidiram aproveitar o chão que pisavam e o ar de maresia, com a água do mar e as ondas que os chamavam como sons de sereias.


Combinaram fazer um jogo, de cima para baixo, trocando depois – de baixo para cima. Aqui, com areia e trilhos de brincar, decidiram fazê-lo. O menino de cima, já subiu e desceu a correr aquele caminho que tudo tem para ser de brincar, subir com custo e descer a correr, umas 25637 vezes. O menino de baixo, mais franzino, não se atreve a tanto. Apenas encoraja o outro, numa solidariedade aprendida no lazer, que perdurará na cumplicidade de muitos amanhãs sem sol, nem dunas, com normas a cumprir, quando o outono e inverno chegarem e estiverem lado a lado, numa sala de aula a ouvir falar da influência da lua nas marés, da formação das dunas ou das plantas que lá sobrevivem…. sem o sol a acariciar-lhes os corpinhos protegidos de cremes. Aí, sufocados em camisolas de lã que lhes travam os movimentos e a imaginação, as orelhinhas têm de estar afinadas para os sons de aprendizagens instrutivas. Resta-lhes a recordação e o passar linear do tempo para regressarem no ano seguinte, quiçá, brincando ao contrário.


O mar, a areia e as sereias estarão lá. Oxalá esteja também aquele trilho pequenino que lhes proporcionou uma felicidade imensa….

Foto: Osvaldo Castanheira - Texto: Mª dos Anjos Fernandes