15/05/2017

LER E APRECIAR

Mais uma crónica, relativa à apreciação da obra referida.

Título: A Tábua de Flandres
Autor: Arturo Pérez-Reverte
Editora: Edições Asa, 2019
Tradução de Maria do Carmo Abreu
 Nº de páginas 334

Preço: € 12,90
 Género: Romance
A Tábua de Flandres, de Arturo Pérez-Reverte, narra a história do velho mestre flamengo Pieter Van  Huys que, no final do século XV, introduziu um enigma no seu quadro A Tábua de Flandres ou A Partida de Xadrês. No quadro, o duque de Ostenburgo e o seu cavaleiro estão a disputar uma partida de xadrez enquanto são observados por uma misteriosa dama vestida de negro.
 Na época em que o quadro foi pintado, um dos jogadores retratados tinha sido assassinado e, cinco séculos depois, uma restauradora de arte, Júlia, a protagonista, encontra uma inscrição ocultada pelo próprio pintor: quis necavit equitem? (Quem matou o cavaleiro?) e, auxiliada por um antiquário, César, e um excêntrico jogador de xadrez, Munoz, a jovem decide resolver o enigma. Passados longos dias de investigação, os três descobrem a sua solução, engenhosa, original e surpreendente, e descobrem o assassino de há vários séculos atrás. 
                O livro desperta interesse, e apresenta um vocabulário sofisticado. As personagens principais são descritas em pormenor, tanto em termos físicos como psicológicos, revelando-se redondas na sua conceção, porque são únicas.
                A Tábua de Flandres foi editado em Espanha, e é agora conhecido mundialmente, tendo sido traduzido para variadíssimas línguas e adaptado para um filme. A obra possui tudo aquilo que se espera num livro de mistério e drama, porque recria um duplo mistério e dimensões temporais que se intercetam, num jogo inteligente e arrepiante que torna a história muito cativante.

Ana Rita Sousa, nº4 - 10 C3, 


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